sexta-feira, 25 de julho de 2008

Batman - O Cavaleiro das Trevas

A simplicidade de raciocínio de ‘Homen de Ferro’ e ao passadismo de ‘Indiana Jones’, Batman-O Cavaleiro das Trevas contrapõe-se a com a complexidade do presente. Christopher Nolan já tinha reconstruído o universo do morcego à sua maneira em ‘Batman Begins’ (2005).

Além de redefinir a origem do personagem, o longa estabeleceu novas regras para os filmes de super-herói que o seguiriam. Mais violento e menos fantasioso do que seus antecessores, ele jogava Batman em um mundo que se parecia, na medida do possível, com este em que vivemos.

No novo filme, Nolan segue reinventando personagens clássicos segundo sua vontade. O mordomo Alfred, o amigo Lucius Fox e o comissário Gordon – do filme anterior – ganham a companhia de Harvey Dent (o Duas-Caras) e do Coringa. Já Rachel Dawes, a mocinha que Nolan inventou, agora é vivida por Maggie Gyllenhaal (secretária) e não por Katie Holmes.
É o palhaço anárquico e sádico de Heath Ledger (morto em janeiro), porém que domina o longa. O surgimento de Batman teve como resposta ações mais violentas dos criminosos em Gotham. De origem e motivações desconhecidas, o Coringa passa a desencadear o caos pela cidade – enquanto Nolan vai nos dizendo o que pensa sobre a maldade e o papel do heróis. Urgente e de alma pesada, o filme pode ser lido de diversas maneiras, um pouco segundo a perspectiva de seus personagens: cínico (Coringa), pessimista (Dent), Reacionário o Altruísta (Batman) – ou simplesmente esclarecido (Gordon). Só não pode deixar de ser visto.

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